quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Está chegando


 
Muita água rolou debaixo dessa ponte. Hoje estamos num dia especial. Falta exato um mês para o casório e faz exatos 3 anos que ficamos noivos. Foi um sábado, num dia distante de 2009.

Naquele momento eu estava há dois meses em um emprego novo, em Vazante, cidade do interior de minas, a mais de 500km de Belo Horizonte. Todos os finais de semana eu pegava meu carrinho 1.0, ia e voltava no trajeto BH-Vazante. Depois eu tive a chance de ir para Juiz de Fora (e deixo aqui meu agradecimento especial ao Eugenio Hermont pela chance), o que facilitou muito meu caminho. No lugar dos 500 de distância, eram 280, logo ali.

Não foi fácil. Se contar os dois carros que tive no período (3 anos), foram 157 mil quilômetros percorridos. É muita coisa.  O brasileiro roda, em média, 15 mil km por ano. Eu rodava mais do que o triplo.

 Mas, quando eu saí de casa, pra trabalhar longe daquele jeito, aquilo foi uma opção que eu e Gabi tomamos juntos. Não foi uma solução para um problema, nem uma decisão arbitrária de ninguém. Foi a nossa primeira grande decisão juntos. Ali nós plantávamos a semente para realizar o nosso sonho: o casamento.

Não preciso dizer que não saiu tudo exatamente como planejamos. Eu não fiquei rico e nem guardei o dinheiro pra comprar uma casa no belvedere. No final das contas o esforço todo nos rendeu, materialmente, mais complicações que soluções. Foi muita luta, muita dificuldade, muitos quilômetros.

Em compensação, duas lições que podem ser encontradas em qualquer livro de auto ajuda puderam ser vivenciadas e aprendidas na pele.

A primeira, é que o amor, o companheirismo e a maturidade florescem na dificuldade, muito mais que na bonança.

A outra, é que a felicidade só faz sentido quando é compartilhada (peço licença ao filme Na Natureza Selvagem para citar essa frase). Quando estava sozinho no meu exílio auto imposto, mesmo nos momentos que estava feliz com algo que tivéssemos conquistado, essa felicidade murchava, porque não havia com quem compartilhar.

Viu? Você lê isso ai em qualquer lugar. Mas ler e ouvir é uma coisa, viver é outra.

Por isso digo que chegou a hora de compartilharmos a nossa alegria. Que todos os nossos amigos, familiares e conhecidos saibam do tamanho da felicidade que estamos vivendo.

Tem data, tem hora, tem convite bonito com hot stamp na capa, tem forminha feita pela sogra e pela mãe da sogra, tem massa feita pela vovó, tem padre amigo pra celebrar a cerimônia, tem velinha pra abençoar o momento, tem música de primeira (na igreja e na festa), tem decoração minuciosa acompanhada pela noiva e pela mãe da noiva, tem, em cada detalhe, a atenção de pessoas que dedicaram muitas horas a esse momento.

Só faltam vocês.

Nos vemos no dia 22 de setembro.

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